No aeroporto
Chegar no
aeroporto já foi um sufoco. Andar em São Paulo não é fácil não. Digo sem GPS é
pior ou melhor. Há quem diga que o GPS tem hora que te manda por ruas
estranhas. Leva por lugares sinistros onde pode haver roubos.
Andar pela Dutra
no horário do rush então é quase um suicídio. Entrar num posto é mais seguro,
se tiver sorte e encontrar um frentista
de bom coração, vai ser ótimo.
Na verdade temos um Gps dentro de nossa mente
e se o caminho é previamente consultado no Google Maps se tem 50% de chance de
chegar ao destino.
Depois de alguns
erros, perguntar em vários pontos, cheguei ao aeroporto quando já havia
desistido de ir à despedida do meu filho, não ia dar tempo. Quantas horas
rodadas em vão? Perdi a conta. Ao desistir, encontrei o caminho, nossa cheguei
a tempo.
Novamente rumo ao
aeroporto, dessa vez com direito a reconhecer os pontos em que errei. Como um
mineiro, cheguei adiantado. Claro iria encontrar o meu filho que havia ficado
meses no exterior trabalhando. Encontrei o desembarque internacional e começou
a jornada de espera. Me senti o próprio rapaz do Forest Gump que contava a cada
um que sentava ao lado que estava à espera do meu filho que não via há meses.
Quatro horas de espera. Via as pessoas chegarem e irem embora
e eu continuava lá. Aliás notei uma coisa naquele aeroporto. Ninguém dome na
cidade de São Paulo? O aeroporto estava lotado, o estacionamento cheio de
carros, os cafés em pleno movimento. Havia gente cochilando em bancos
aguardando o embarque.
Mais uma senhora
sentou-se ao meu lado, repeti a história que aguardava o meu filho... Me contou
que esperava sua filha também que viria da Espanha. Desta vez ela presenciou a
chegada de meu filho. Eu o abracei muito. Fiz um carinho em seu rosto, acenei
para a senhora me despedindo e fim de uma espera...
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