O coqueiro 4

                                             O Coqueiro 4

Levei algumas das minhas crônicas aos meus alunos e consegui uma torcida contra o corte da planta. E mais, levei as fotos. Alguns ainda me diziam: traga pra gente o côco pra gente tomar água de côco.

A essa altura o meu sonho de ter uma bela planta em meu quintal virara um pesadelo. Ficava a imaginar a grande tragédia e o meu nome estampado nas páginas policiais, não tenho dom pra isso. E o meu pacto com Deus?

Fiz a proposta ao vizinho com valor e tudo. Ele ainda me perguntou:” não vai se arrepender?”

Ainda havia ligado para a prefeitura e me responderam que dentro do quintal eles não respondem pelas árvores. Argumentei que apresentava risco aos vizinhos. Nada! Pesquisei com um bombeiro , nossa, caríssimo. Dava pra eu tomar água de coco por muitos anos.

Respondi ao vizinho que desta vez eu havia decidido. Contei sobre o meu temor, sobre a tragédia que poderia causar. Até que o convenci a cortá-lo.

Foi serrando de um lado e de outro. Eu ainda temerosa que ocorresse algum acidente com o esposo de minha amiga ( vizinho). Vou me sentir muito culpada se algo ruim acontecesse;

De vez em quando eu ia ver se estava tudo bem. Gastou quase um dia inteiro .

Ajudei-o a tombar o coqueiro. Fez tanto barulho que eu saí correndo de perto.

Estava enorme, tomaram  grande parte do chão, as folhas. Fiquei triste quando vi o tronco todo picado pra ser jogado. Doeu em mim.

Aprendi que temos que pensar muito, muito pra plantar algo em nosso quintal.

Coqueiro, só em sítios ou fazendas e daqueles do tipo anão, se ninguém conseguir te enganar de que é coqueiro anão e que em 3 anos você terá muitos cocos!

Ganhei de um grande amigo, uma muda de lichia. Ai meu Deus! Dai-me juízo!