sábado, 8 de junho de 2013

Que exagero! Que hipérbole!

                                      Que exagero!  Que hipérbole!
As mulheres, especialmente as mães, são cheias de exagero. “ já te falei mil vezes pra você não puxar o rabo do gato” ralhou a minha mãe. Pensei se duas vezes já “dá canseira” imagine mil.
A colega me contou que chorou rios de lágrimas quando o namorado partiu. Como alguém consegue chorar a ponto de encher um rio de lágrimas?
A mãe aflita , liga para o esposo: “Venha voando pra casa, preciso de você aqui agora!”
Com esse trânsito lento, mais fácil chegar rápido de bicicleta, isso se não for atropelado por um irresponsável e o mesmo, jogar partes do seu corpo arrancado no rio!
“ Fiquei, hiper, mega feliz com o dinheiro extra que recebi” comentou outra colega de trabalho. Garanto que depois que pagou todas as contas, tanta felicidade estourou como um balão!
Imagine um estrangeiro tentando entender essas hipérboles. Vai ficar com muitas interrogações...
Ainda existe o eufemismo, o  pai defendia o filho:¨ O meu filho está preso porque pegou algumas peças da loja indevidamente.
Para o deficiente usamos “especial”, outro eufemismo.
Me avisaram  que Dona Massako havia partido desta pra melhor, perguntei assustada: “ quem morreu?” Creio que faleceu, ameniza a expressão...
O apressadinho fica atrás dando seta, piscando a luz e então você o chama de Corno, não é hipérbole não  , é raiva mesmo!




21 Junho 2007

Roubo e furto


Uma das muitas (e boas!) sugestões do Jaime foi esta: elucidar os leitores sobre a diferença entre roubo e furto.
Embora em ambos os conceitos esteja subjacente a ideia de tirar a alguém, indevidamente, os seus haveres, no caso do furto essa ação não implica violência (ou ameaça), enquanto o roubo já pressupõe a ideia de que a vítima é forçada, sob ameaça ou mesmo violência, a entregar os seus bens.
Em rigor, portanto, quando descrevemos uma situação de qualquer um dos dois tipos, apenas uma das palavras se aplica, e não ambas: se um estranho entra em casa de alguém e leva os objetos de valor enquanto o dono dorme, há furto. Se alguém na rua é forçado a entregar o dinheiro que tem na carteira, sob a ameaça de uma arma ou de uma seringa contaminada, trata-se de roubo.
Todavia, o que acontece é que – sobretudo quando se usa o verbo correspondente – existe uma marcada tendência para escolher roubar, haja ou não violência inerente ao ato. Talvez porque o verbo furtar tenha vindo a ser preterido, na linguagem corrente, e cada vez mais associado a um registo formal e antiquado. E é preciso admitir que os dicionários atuais apresentam os termos roubar e furtar como sinônimos, portanto, dando razão a quem os usa indiferenciadamente. Na linguagem jurídica, porém, não há confusões. Roubo não é furto e furto não é roubo!

Já foi apanhado(a) pela língua portuguesa?

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