Meus filhos
ainda pequenos, vieram felizes da escola com um presente. Cada um entregaria o
seu, era vésperas do dia das mães. Engraçado que chegaram afoitos, não disseram
nada, cada um sentou-se de um lado da cozinha e apressados abriram os presentes
que eram para mim. Mãe coruja, achei lindo aquele gesto, inesquecível, eles não
sabiam esperar. Contavam então os dois com menos de três aninhos.
Ainda nesta
fase, eu ,ocupada em preparar o jantar para a família, minha filha veio com a
história de tomar banho de bacia. Argumentei que ela já era grandinha pra tomar
banho de bacia, já era hora dela tomar banho de chuveirinho. Cismou, porém, que
queria tomar banho de bacia. Como a
bacia estava longe, eu disse que não daria para buscá-la agora. Ela disse que
iria mas que tinha medo do escuro. Sugeri que chamasse o cachorro para acompanhá-la.
O cachorro ignorou seus chamados. Quando olho para o lado, lá estava ela com a
bacia na mão. Fiquei surpresa e lhe perguntei como ela havia conseguido buscar
a vasilha. Ela respondeu que o cachorro havia lhe acompanhado até o tanque de
lavar roupas , onde estava a bacia.” O que você fez para convencê-lo a ir com
você?” “peguei um pedaço de carne na
frigideira.” Quis testar até onde ia a esperteza da menina. “escuta, você deu a
carne antes de ir ou ao voltar?”
“ Na volta
né? Porque se não, ele não iria, oras!”
Numa viagem,
minha filha já contava com cinco anos. Pediu ao pai, que dirigia o carro: “Compra
um tênis pai? O meu está apertado! O meu pé não vai crescer!” ( eu dizia a ela
que tenho pé pequeno porque usava os sapatos que eu herdava das minhas irmãs,
eram apertados). O pai passou um verdadeiro sermão: “vocês não dão valor às
coisas, brinquedos, quebram tudo, roupas estragam. Eu tenho um sapato que tenho
há dez anos, eu cuido!” Ela respondeu
rapidamente:” Nossa pai, você comprou grande né?”
Eu ria muito
e dizia: “Teu pé está crescendo até hoje!”
O meu filho
mais velho, numa conversa com um amiguinho, ao ser questionado onde o pai
trabalhava disse: “o meu pai é funcionário público.” E o seu pai? “ O meu é
caseiro”
“Nossa o seu
pai é caseiro também? Minha mãe sempre fala que sou caseiro!”
Quando vou à
festas, trago um brigadeiro, um pedaço de bolo e digo que é para o meu filhinho.
Meu filho disse que não precisa entrar em detalhes. É um adulto, porém, para os
pais , os filhos, são sempre pequenos. Faustão disse nos dias das mães: Dê um
presente àquela que cuida de você sempre. Você está com cinquenta anos e a mãe
diz: leva a blusa filho!
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