Meus filhos
ainda pequenos, vieram felizes da escola com um presente. Cada um entregaria o
seu, era vésperas do dia das mães. Engraçado que chegaram afoitos, não disseram
nada, cada um sentou-se de um lado da cozinha e apressados abriram os presentes
que eram para mim. Mãe coruja, achei lindo aquele gesto, inesquecível, eles não
sabiam esperar. Contavam então os dois com menos de três aninhos.

“ Na volta
né? Porque se não, ele não iria, oras!”
Numa viagem,
minha filha já contava com cinco anos. Pediu ao pai, que dirigia o carro: “Compra
um tênis pai? O meu está apertado! O meu pé não vai crescer!” ( eu dizia a ela
que tenho pé pequeno porque usava os sapatos que eu herdava das minhas irmãs,
eram apertados). O pai passou um verdadeiro sermão: “vocês não dão valor às
coisas, brinquedos, quebram tudo, roupas estragam. Eu tenho um sapato que tenho
há dez anos, eu cuido!” Ela respondeu
rapidamente:” Nossa pai, você comprou grande né?”
Eu ria muito
e dizia: “Teu pé está crescendo até hoje!”
O meu filho
mais velho, numa conversa com um amiguinho, ao ser questionado onde o pai
trabalhava disse: “o meu pai é funcionário público.” E o seu pai? “ O meu é
caseiro”
“Nossa o seu
pai é caseiro também? Minha mãe sempre fala que sou caseiro!”
Quando vou à
festas, trago um brigadeiro, um pedaço de bolo e digo que é para o meu filhinho.
Meu filho disse que não precisa entrar em detalhes. É um adulto, porém, para os
pais , os filhos, são sempre pequenos. Faustão disse nos dias das mães: Dê um
presente àquela que cuida de você sempre. Você está com cinquenta anos e a mãe
diz: leva a blusa filho!
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