Distração
Fui à
panificadora São judas Tadeu, perto da
minha casa para comprar uma baguete. Meus filhos eram fãs deste lanche
completo, nem precisava se preocupar com o recheio.
Tudo certo,
uma baguete um refrigerante para acompanhar, ir pra casa. Eu já ia imaginando a
alegria dos filhos. Ao colocar a sacola no carro, estranhei, pois, atrás do
banco onde eu colocaria o refrigerante, tinha umas ferramentas de pedreiro. “
Mas eu nem mudei de profissão!. Estranho, o que essas ferramentas estão fazendo
no meu carro?” Se eu mudasse de profissão, não seria para ser pedreira. Serviço
pesado demais pra uma mulher, carregar cimento, ficar com as mãos toda
calejada. Trabalhar no sol, não definitivamente eu não seria pedreiro. Todo o
pensamento em alguns segundos, porque rapidamente notei que o carro era da
mesma cor, quase que do mesmo modelo, estava estacionado no lugar que eu
estacionei e não era o meu? Se não era meu, por que a chave abriu? Será que
roubaram o meu e deixaram outra lata velha igual? Olhei para a panificadora ,
havia um homem de braços cruzados,” pronto, agora vai me crucificar”, mas nada
disse. Arrisquei com vergonha, “este carro é seu?” Ele negou com a cabeça.
Arrisquei ainda: “olha se o dono viu qualquer coisa, avise-o que eu não estava
roubando não, só foi um pequeno engano, inclusive a minha chave abriu.” Olhei
para o lado, olha o meu carro lá, danado! Me mandei e nem olhei para trás!
Com o meu
cunhado aconteceu pior. Estavam em dois. Trabalhavam com vendas de utensílios
domésticos. Naquele dia tinham vendido tudo. O carro era um Gol branco. Pararam
num restaurante para festejar a venda. Na saída pegaram o carro e pegaram a
estrada novamente. O piloto pediu ao caronista:” pegue o meu cigarro no porta
luvas.” O outro responde em seguida: “não há cigarros por aqui.” “ Como não ? tem
um maço cheio!”” Não há nada por aqui, acho que você não comprou não.” Resolveu
então ele mesmo verificar. Parou o carro e procurou. Estranhou o porta luvas,
coisas estranhas dentro.
"Cara, nem te
conto a maior. Esse carro não é o meu. E agora o que faremos? A essa altura já estamos sendo monitorados
pela polícia. Nos dois vamos presos, pode ter certeza. Quem é que vai acreditar
que pegamos o carro errado sem querer?
Já andamos
tanto, provavelmente já levaram o meu. Se esta chave abriu este estranho carro,
provavelmente o dele abrirá o meu."
Resolveram
então contar pra polícia, já imaginando que ficariam presos, teriam que chamar
um advogado, as famílias iriam
visitá-los na cadeia...
Contaram à
polícia o fato. Houve silêncio total. De
repente o delegado levantou-se e disse bruscamente: só há uma maneira de saber
sobre o fato, já que fizeram BO sobre o roubo do carro , ir ao posto onde houve
a troca. Foram inocentados porque lá estava o carro dele! Que sufoco!
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