quarta-feira, 12 de junho de 2013

Distração

                                                 Distração
Fui à panificadora  São judas Tadeu, perto da minha casa para comprar uma baguete. Meus filhos eram fãs deste lanche completo, nem precisava se preocupar com o recheio.
Tudo certo, uma baguete um refrigerante para acompanhar, ir pra casa. Eu já ia imaginando a alegria dos filhos. Ao colocar a sacola no carro, estranhei, pois, atrás do banco onde eu colocaria o refrigerante, tinha umas ferramentas de pedreiro. “ Mas eu nem mudei de profissão!. Estranho, o que essas ferramentas estão fazendo no meu carro?” Se eu mudasse de profissão, não seria para ser pedreira. Serviço pesado demais pra uma mulher, carregar cimento, ficar com as mãos toda calejada. Trabalhar no sol, não definitivamente eu não seria pedreiro. Todo o pensamento em alguns segundos, porque rapidamente notei que o carro era da mesma cor, quase que do mesmo modelo, estava estacionado no lugar que eu estacionei e não era o meu? Se não era meu, por que a chave abriu? Será que roubaram o meu e deixaram outra lata velha igual? Olhei para a panificadora , havia um homem de braços cruzados,” pronto, agora vai me crucificar”, mas nada disse. Arrisquei com vergonha, “este carro é seu?” Ele negou com a cabeça. Arrisquei ainda: “olha se o dono viu qualquer coisa, avise-o que eu não estava roubando não, só foi um pequeno engano, inclusive a minha chave abriu.” Olhei para o lado, olha o meu carro lá, danado! Me mandei e nem olhei para trás!
Com o meu cunhado aconteceu pior. Estavam em dois. Trabalhavam com vendas de utensílios domésticos. Naquele dia tinham vendido tudo. O carro era um Gol branco. Pararam num restaurante para festejar a venda. Na saída pegaram o carro e pegaram a estrada novamente. O piloto pediu ao caronista:” pegue o meu cigarro no porta luvas.” O outro responde em seguida: “não há cigarros por aqui.” “ Como não ? tem um maço cheio!”” Não há nada por aqui, acho que você não comprou não.” Resolveu então ele mesmo verificar. Parou o carro e procurou. Estranhou o porta luvas, coisas estranhas dentro.
"Cara, nem te conto a maior. Esse carro não é o meu. E agora o que faremos?  A essa altura já estamos sendo monitorados pela polícia. Nos dois vamos presos, pode ter certeza. Quem é que vai acreditar que pegamos o carro errado sem querer?
Já andamos tanto, provavelmente já levaram o meu. Se esta chave abriu este estranho carro, provavelmente o dele abrirá o meu."
Resolveram então contar pra polícia, já imaginando que ficariam presos, teriam que chamar um advogado, as famílias  iriam visitá-los na cadeia...
Contaram à polícia o fato. Houve silêncio total.  De repente o delegado levantou-se e disse bruscamente: só há uma maneira de saber sobre o fato, já que fizeram BO sobre o roubo do carro , ir ao posto onde houve a troca. Foram inocentados porque lá estava o carro dele! Que sufoco!


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