Campo
ou cidade?
Nos velhos tempos, as pessoas mais experientes, olhavam para o
o céu ,analisavam as pequenas nuvens, as direções, o vento, e aconselhavam: "melhor recolher a chuva porque vai chover." Hoje a gente vê o céu nublado,
imagina que vai chover , leva o guarda chuva e nada. O pior é esquecer o objeto
no ônibus e quando precisa tem que adquirir um guarda-chuva descartável,
daqueles que numa tempestade, eles mais desabrigam que abrigam porque viram pra
cima. Comprei uma sombrinha ótima, enorme, pra não esquecer em lugar nenhum, porém fica
quase sempre guardada. Lógico, está novinha porque é difícil de se carregar.
O tempo anda tão estranho que , outro dia estava tão frio de
manhã e à tarde estava eu, com um calor que mais parecia pressão alta. Porém a
aminha amiga que não tem dessas coisas, também estava com calor. O pior, se
você tira o agasalho , passa frio e se coloca ,passa calor.
Perguntaram a um índio, como ele sabe a estação correta do
plantio da mandioca. Ele responde que no Globo Rural passaram o endereço da
CATI ( secretaria da agricultura) em
Campinas, para obter tudo sobre a
planta, inclusive as qualidades das mandiocas certas para o local e clima. Não
se fazem índios como antigamente! Assistem TV pelo sinal da parabólica! Só
falta eles responderem que tem assinatura de Tv paga!
Outro fato interessante que passou na TV, projetos que
incentivem os jovens descendentes de agricultores a continuar com a atividade
dos pais , tios ou primos.
Ninguém mais deseja ficar no campo. Ou quase ninguém. Se não
houver mais agricultores o que comeremos? Pírulas? Mas elas são fabricadas à partir de
alimentos, de onde tirariam as vitaminas se não for de alimentos? Esses projetos só vem a confirmar a instabilidade de
se plantar. As pessoas plantam, esperando bom preço, quando colher, não pagam
nem o que foi gasto. Resultado: o agricultor muda de cultura ou de atividade. É
preciso incentivo do governo pra subsidiar as colheitas quando não atingem bom
preço. É preciso controlar as culturas para não sobrar soja e faltar milho para
as rações. Porque a falta de um produto básico acarreta outras culturas como a
criação de frangos e porcos ou gados. Um dia a gente chega lá, como
verdadeiramente país de primeiro mundo!
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